(Clique na imagem para ampliá-la e na legenda, para acessar a página de origem.)
ah, se fosse fácil
marcar com o ferro da luta
na couro da alma
o anagrama elucidado,
o fim do mistério do corpo
corpo vazio,
vagando sem dono no meio do mundo
rês indolente,
carne, sangue, osso e víscera
boi arruado,
bezerro de ouro desadorado,
sem cura no rastro,
sem sol nem malhada,
sem aboio,
sem abate
rompe o espírito,
esse cavaleiro encourado,
a reduzir sua criação
mor de que a noite, que guarda a onça,
esqueça na tarde a queda
e fique de longe a aurora assistindo
a esse encontro tardão,
ainda que certeiro,
que nasce em seu encalço.
02/11/25

Nenhum comentário:
Postar um comentário