No dia de hoje, há 17 anos, fiz a primeira postagem do blogue. Escrever, até então, era uma retroalimentação afetiva e um eterno encher de gavetas reais e virtuais. Depois de assistir a uma palestra da escritora Ana Miranda com minha amiga Carmélia Aragão, na qual a autora falou sobre a importância dos silêncios da narrativa, nos quais o leitor tinha função criativa, decidi dar a cara a tapa (ou botar a cara no sol, o que, em Fortaleza, dá no mesmo) e me expor à leitura alheia. Desde então, eu me ocupo em imaginar quantas coautorias consigo provocar com esse compartilhamento de mim mesmo.
Há 17 anos, resolvi começar a mostrar que sou, desde menino, outros, vários, múltiplos, infinitos, até quando durar.
Obrigado a todo mundo pela complementação do meu silêncio e por tantos outros silêncios de que se faz a poesia.
06/11/25

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