Chaveiros que comprei em Recife há uns 25 anos.
frutos há muito arrancados
de pequenas felicidades
pistas, miolinhos de pão
marcando o caminho
sem volta
minhas pedrinhas miudinhas
me esqueceram de Aruanda
me esqueceram nos vasos de plantas
nos fundos dos bolsos
no fundo do mar
seja eu também, talvez
uma pedrinha miudinha
que nunca viu baladeira
nunca matou passarinho
nunca correu sobre as águas
na mão abandonada do menino
que me colheu como suvenir
para não crescer só
e que não cansa de olhar o mar
31/10/25

Nenhum comentário:
Postar um comentário