Ora-pro-nóbis
Sem forma de estar na carne presente
A elipse sente a hora encarnada
Tatuada na pele, e o corpo sente
A semente da ausência e a da chegada
A palavra que falta é intermitente
E a iminente estação é anunciada
O verso vibra a voz, e a mão pressente
A chuva que o verão tinha guardada
Lacuna e lagoa encheu a enchente
De poesia e prosa agora inchada
A terra é prenhe de estar fluente
Na língua morta, já ressuscitada
Donde letras virgens viçam cadentes
Na orgia floral versificada
13/02/19
Nenhum comentário:
Postar um comentário