Número de sílabas (desde 11/2008)

counter

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

METASSONETO PRIMAVERIL

Ora-pro-nóbis

Sem forma de estar na carne presente
A elipse sente a hora encarnada
Tatuada na pele, e o corpo sente
A semente da ausência e a da chegada

A palavra que falta é intermitente
E a iminente estação é anunciada
O verso vibra a voz, e a mão pressente
A chuva que o verão tinha guardada

Lacuna e lagoa encheu a enchente
De poesia e prosa agora inchada
A terra é prenhe de estar fluente

Na língua morta, já ressuscitada
Donde letras virgens viçam cadentes
Na orgia floral versificada

13/02/19

Nenhum comentário: