O mimeógrafo deixa nos dedos a violeta
A azulácea pétala orbicular flamejante de óbitos
Descortinados na folha pálida de copo-de-leite
Repetidas vezes encharcada de oblíquas formas
E desorientados ornatos
Que morrerão amassados em poucas horas
Como as flores esmagadas pelo féretro do tempo.
Como nada, como este poema
Que volve à palavra em busca de si
Ruidosamente, girando-a, girando-a, girando-a…
Tinta que nunca mais sairá dos dedos
Mas trespassara etílica a alma branca do papel de ofício.
13/02/19
Nenhum comentário:
Postar um comentário