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quarta-feira, 15 de março de 2023

CRÍTICA DE "O MENINO, A TOUPEIRA, A RAPOSA E O CAVALO"


     O vencedor do Oscar 2023 de melhor animação em curta foi O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo, filme inglês dirigido por Peter Baynton e Charlie Mackesy, inspirado no livro homônimo escrito por este último, em 2019.
     Li o livro e vi o filme e tenho de dizer que eles dialogam com alguém que já não sou mais, porém que, graças a eles, sei que não está morto, apenas muito desgraçadamente melancólico. O filme, principalmente, cavou umas lágrimas que tinha me esquecido, há muito, de chorar.
     Eu vi dublado (que espetáculo de dublagem!), logo não posso dizer nada das interpretações do quarteto Jude Coward Nicoll (o menino), Tom Hollander (a toupeira), Idris Elba (a raposa) e Gabriel Byrne (o cavalo).
      Contudo, é um filme lindo, uma obra-prima de delicadeza que preservou os traços do livro, com diálogos e silêncios perfeitamente certeiros em seus significados, e que tem na diversidade, na amizade e na gentileza (mesmo e principalmente nas adversidades) a sustentação de uma história que é feita pra ser sentida muito mais que compreendida.
     O único (mas muito marcante) problema é a sensação de abandono que dá na gente quando termina, como se alguém muito amado partisse de nunca mais voltar, o que não é, de todo, apenas uma sensação.
      Assistam leves.
15/03/23

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