Já faz tempo que não rasgo uma folha de papel
em rascunho.
É bom rasgar uma folha de papel.
Vê-se um estágio passado, pretérito, morto
por um melhor.
Livra-se.
As linhas, como degraus descendentes,
jazendo rotas e despedaçadas
— e daí? o verso já descera
dos telhados olímpicos.
Todavia, está lá a matéria morta:
um cão atropelado, uma árvore queimada.
O novo cão latirá o seu mesmo latido?
O cinamomo vicejado recenderá novamente aquele cheiro?
13/10/10
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