Mary and Max é a história de uma garota australiana que, devido a um acaso, resolve corresponder-se com um homem nova-iorquino que tem síndrome de Asperger. Sobre o roteiro, não vou mais além. Não porque não queira descrevê-lo, mas porque esse filme merece algo que eu não posso dar com minhas palavras.
Sou fã de animações que vão além dos estereótipos próprios do gênero, o que exclui obviamente os ultrajes mickeymouseanos e os seus macaqueamentos (estes, seguramente, têm o seu lugar no mundo do entretenimento, mas não no da arte), resguardando minhas desculpas às brilhantes exceções como Fantasia. Tenho visto coisas ótimas nesses últimos anos, algumas realmente tocantes e delicadas como Wall.E e Up, dos estúdios Pixar. Gosto também de algumas outras incursões como As Bicicletas de Belleville ou A Viagem de Chihiro, filme que já comentei aqui.
No entanto, o objetivo deste texto é dizer o seguinte: não me lembro de ter visto um filme como Mary and Max. Não vou usar o rótulo animação, e sim FILME. Não por demérito do primeiro em relação ao segundo, de qualquer natureza, mas pelo fato de ter esse filme fugido tanto das características do seu gênero às quais estamos acostumados que não posso classificá-lo junto aos seus irmãos.
Mary and Max é algo como eu nunca vi antes. Eu o divulgo aqui não como uma dica, mas como a finalidade de um pedido: por favor, assistam a ele. Seremos todos melhores depois disso.
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