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segunda-feira, 9 de maio de 2011
SONETO ONÍRICO
Com o que devem sonhar os que não dormem,
E vagam nos seus brigues de sapatos,
E, à memória, misturam-lhe seus fatos,
E sonambulam corpos de que somem?
Desaparecerão ali à esquina?
Cairão em abismos? Sumidouros?
Ou, mansos, caminham a matadouros,
Tangidos pelo que lhes abomina?
Eu, que sonho perambuladamente
E não me sei as rotas de retorno,
Esbarro nas suas as minhas fugas,
Ao que me abandona o sono morno,
E me desapareço às contrafugas,
E desperto ao contrário de repente.
09/05/11
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