Ele a cobriu de estrelas,
E a noite, nua,
Não mais pôde contê-las.
E a lua, desolada,
Jaz atônita:
Pérola almiscarada.
A iluminada moça,
Com uma troça,
Pisa a lua na poça
E, displicentemente,
Ignora o céu
Vaidosa e cruelmente.
Não mais se faz presente
O amor do amante;
Fora estrela cadente
Ao fulgurar valente
Por entre os zelos
De amor incandescente.
Fora astro vanecente:
A casa ígnea
Da cinza penitente.
É o manto saqueado
Do alado negro
Que ora lhe veste o fado
De contemplar o vácuo:
Nunca fora luz
O amor de fogo-fátuo.
01/01/11
Um comentário:
só vc acha q ainda são haicais, pra mim é quase uma ode =P
e, importante dizer, gosto mt de ler a palavra "almiscarada" parece q eu to desenhando montanhas.
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