A máquina bobina
o que a menina,
traquinando, maquina.
No papel, um raio cai.
No céu, rabisca
da poetisa um haicai.
Da tua respiração,
vivifica-se
a “pura imaginação”.
22/04/2010

Este blogue se destina ao uso artístico da linguagem e a quaisquer comentários e reflexões sobre esta que é a maior necessidade humana: a comunicação. Sejam todos bem-vindos, participantes ou apenas curiosos (a curiosidade e a necessidade são os principais geradores da evolução). A casa está aberta.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
INCONTÍVEL
a Rebeca Xavier,
a quem um passarinho, dentre os galhos de uma cerejeira em flor num final de tarde, roubou a imagem que vive dentro do sorriso.
ou um passarinho dos matagais, selvagem e incontível.
Gostaria de te olhar de esguelha
e partir disparado pelos galhos,
escamoteando-me, e, escondido,
roubar-te a imagem que vive dentro do teu sorriso.
De soslaios, aqui e ali,
meus rastros desenhados entre as folhas se te revelariam
— me buscarias?
Eu teria tua feição capturada
e o sangue a mover minhas asas
e a avermelhar meus olhos
— assim como a luz da aurora —
e a bater em meu peito.
Ao final, em troca do teu nome,
fugiria meu coraçãozinho de ave,
levando-me junto.
Pousaríamos um dia onde estivesses
e, ao teu lado, com um silvo suave, selvagem e incontível,
te faríamos parecer que o vento te conhecia
como conhece o mar e a montanha
que acaricia e veste, dizendo seus nomes.
20/09/09 (traduzido em 02/04/2010)
a quem um passarinho, dentre os galhos de uma cerejeira em flor num final de tarde, roubou a imagem que vive dentro do sorriso.
ou um passarinho dos matagais, selvagem e incontível.
Gostaria de te olhar de esguelha
e partir disparado pelos galhos,
escamoteando-me, e, escondido,
roubar-te a imagem que vive dentro do teu sorriso.
De soslaios, aqui e ali,
meus rastros desenhados entre as folhas se te revelariam
— me buscarias?
Eu teria tua feição capturada
e o sangue a mover minhas asas
e a avermelhar meus olhos
— assim como a luz da aurora —
e a bater em meu peito.
Ao final, em troca do teu nome,
fugiria meu coraçãozinho de ave,
levando-me junto.
Pousaríamos um dia onde estivesses
e, ao teu lado, com um silvo suave, selvagem e incontível,
te faríamos parecer que o vento te conhecia
como conhece o mar e a montanha
que acaricia e veste, dizendo seus nomes.
20/09/09 (traduzido em 02/04/2010)
quinta-feira, 1 de abril de 2010
POEMA DE AMOR
(de Rebeca Xavier)
Gosto muito mais daquela folha que cai
do alto de uma árvore e vai povoar o chão úmido.
Gosto muito mais da sombra mentirosa
que a cadeira do bar lança na parede suja.
Gosto muito mais do pedaço diminuto de pão
que vai na cabeça daquela formiga ali, cansada.
Ainda mais da cachaça com limão e da cerveja quente
que me ferem a garganta e me ajudam a gritar.
E é só. Gosto dos detalhes não-transitórios.
Gosto das persianas perto das quatro da tarde.
Gosto ainda mais da luz das quatro da tarde
que passa pelas persianas e brinca com a poeira.
Gosto do silêncio das conversas e do samba
e daquele violão consertado.
Março/2010
Disponível em: http://bekxavier.blogspot.com/2010/04/poema-de-amor.html

do alto de uma árvore e vai povoar o chão úmido.
Gosto muito mais da sombra mentirosa
que a cadeira do bar lança na parede suja.
Gosto muito mais do pedaço diminuto de pão
que vai na cabeça daquela formiga ali, cansada.
Ainda mais da cachaça com limão e da cerveja quente
que me ferem a garganta e me ajudam a gritar.
E é só. Gosto dos detalhes não-transitórios.
Gosto das persianas perto das quatro da tarde.
Gosto ainda mais da luz das quatro da tarde
que passa pelas persianas e brinca com a poeira.
Gosto do silêncio das conversas e do samba
e daquele violão consertado.
Março/2010
Disponível em: http://bekxavier.blogspot.com/2010/04/poema-de-amor.html
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