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Tenho em mim engasgos de natureza emocional.
Vejo o mundo, e ouço o mundo, e leio o mundo dentro das pessoas,
e o mundo dentro de mim quer irromper em erupções de lavas gástricas,
como Gaia parindo seus monstros.
Porém, como Gaia, que é o próprio mundo,
não consigo parir minhas palavras.
Elas germinam, crescem em textos,
enciclopediam-se em compêndios vermelhos,
encapados de paredes esofagianas
e guardam todos os segredos do mundo.
Sou doente de guardar segredos.
31/12/14
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