Ilustração: Dran
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Minha preocupação maior é que o PSDB retorne ao Governo. Porém, quase
proporcionalmente, o que me assusta é o nível de desinformação, de
desonestidade intelectual e a existência para mim cada vez mais clara de
um projeto fascista, ultradireitista em mobilização: Feliciano
reeleito, alertando Aécio contra as forças sindicais; Bolsonaro, também
reeleito, acenando concretamente com pretensões governistas e rebocando
um sem-número de conservadorismo e reacionarismo consigo; níveis
crescentes e alarmantes de xenofobia, homofobia e ufanismo regional
sinalizando que o Sudeste está disposto a comprar essas ideias; ascensão
de grupos evangélicos neopentecostais (que servem de modelo a outros)
direcionando seus fiéis ao obscurantismo comportamental e cultural, além
de encabrestar-lhes os votos para aqueles que os "representam", ou
seja, os supracitados; e, entre outras coisas, a conivência e/ou
coparticipação da mídia aberta, de alguns segmentos artísticos e de
pessoas públicas, dos conglomerados e das instituições de ensino.
Isso é mais que assustador, porque não é uma possibilidade, mas sim já
uma realidade. Não estamos regredindo somente politicamente, mas
humanamente. Ver gente defendendo a ditadura militar, usando
levianamente (palavrinha da moda) o termo "ditadura", advogando
abertamente contra os menos favorecidos, segregando-se. Isso sim é o meu
grande temor.
As manifestações deram uma mensagem clara e algumas subliminares: primeiro, a de que estamos conscientes e fartos da corrupção; segundo, as de que temos uma raiva cega, manipulável, direcionável como uma arma.
A extrema direita, infelizmente, foi quem melhor percebeu isso.
As manifestações deram uma mensagem clara e algumas subliminares: primeiro, a de que estamos conscientes e fartos da corrupção; segundo, as de que temos uma raiva cega, manipulável, direcionável como uma arma.
A extrema direita, infelizmente, foi quem melhor percebeu isso.
16\10\14
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