(À Alexandra Moreira, amiga e historiadora, em cuja beleza estes versos navegam)
Ali, na praia deste domingo inaugural,
você passa,
e a onda da tua coxa fez uma curva tão sinuosa
que o vento deste verso deslizou na pauta
e correu doido, à guisa de redemoinhos…
E a tua barriga de duna,
desfazendo-se em grãos que arrefecem, uma névoa de pelinhos
— véu suavíssimo em torno do alabastro —,
é onde pequenas sombras escondem
o rumo das minhas rimas…
E teus quadris cheios, bojudos, calipígios,
são correntes, rios por dentro do mar,
por onde nadam todas as metáforas
de mares, de estrelas e jangadas…
Sem falar em tua concha pequenina,
que guarda o teu castiço segredo de pérola
como o sentido íntimo de um poema.
Só me ocorre agora um pensamento digno
de um puro domingo de janeiro
— desses de férias dentro das saias e dos biquínis.
Feliz do náufrago desta terra seca
que aporta na praia da tua pele
e fica
ou se faz marinheiro no teu mar
e não volta nunca mais.
09/01/12
2 comentários:
Olá, Seu blog e muito interessamte...
To seguindo se possivel segue de volta
Bjks
Daiana – Dias Melhores para Sempre!
http://daidesiderio.blogspot.com
Que mulher espetacular!
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