Este blogue se destina ao uso artístico da linguagem e a quaisquer comentários e reflexões sobre esta que é a maior necessidade humana: a comunicação. Sejam todos bem-vindos, participantes ou apenas curiosos (a curiosidade e a necessidade são os principais geradores da evolução). A casa está aberta.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
FOI O QUE TE DEU CONSISTÊNCIA DE MATÉRIA
Até então, eras trigonometria
Abstrações não-táteis como fé ou frio
Um estágio ente no imaginário
Variável da pareidolia.
Saber-te era arriscar-se pio
Na fractária psicodelia
E, lisérgico, conjurar-te a um lio
Quando, erma, eras só poesia.
Daí, súbito, entrou-te um rio
Que de mim veio e a ti corria
No qual, toda vez que te invadia,
Ia eu, diluído em galanteio.
Fiz-te plena, fiz-te cheia
Com o que de mim mais merecias.
Foi o que te deu consistência de matéria:
Sendo lua, dei-te um mar onde reluzias.
29/06/11
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
"Sendo lua, dei-te um mar onde reluzias."
Esse fim me remeteu à tua ternura,meu amor.Me remeteu aos lugares felizes de mim.
Beijão.
Postar um comentário