É de minha natureza perder-me dos demais.
Precisando do bando, desgarrar-me;
ruminando, desaparecer-me.
É ser manada em mim
que me coletiva e me despedaça
em reses fragmentadas que pastam do mesmo mato,
que se esfolam da mesma faca,
que se convertem em sandálias e tamboretes
que calço e onde sento
a esperar o aboio de lamentação
Precisando do bando, desgarrar-me;
ruminando, desaparecer-me.
É ser manada em mim
que me coletiva e me despedaça
em reses fragmentadas que pastam do mesmo mato,
que se esfolam da mesma faca,
que se convertem em sandálias e tamboretes
que calço e onde sento
a esperar o aboio de lamentação
cujo mote é o meu nome.
01/03/11
01/03/11
2 comentários:
Fernando,
Um momento que me emocionou.
Falar assim do sertão e dos boiadeiros é falar de uma cultura, de passados ainda vivos.
bj
Fico feliz, poetisa. Apesar de, sendo a minha cultura, não sê-la, o sertão vive no meu imaginário na forma que têm os rostos de minha infância. O sertão e o mar são o meu berço.
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