Klimt - O Parto
Antes, não havia quase nada:
um escuro úmido por toda parte
e uma existência resumida ao elementar.
A primeira manhã é um rapto, um tapa e um grito.
Depois, a carne macia, o calor e o leite.
A seguir, o subsequente mundo e as repetições violentas e espasmódicas,
até que, de novo, raptem-nos, estapeiem-nos, e gritemos.
Amar parece ser um nascimento contrário e geminal.
De novo, a existência resumida ao elementar,
que faz, porém, o monstruoso lado de fora parecer minúsculo então
e tudo o que não é úmido como a lágrima em um olho fechado,
errado.
O um, dois.
E a segurança de um ventre compartido.
28/12/10
Um comentário:
q bonito =~
é uma dessas coisas que têm eco.
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