a Joyce Miranda Leão,
que lleva la risa en los ojos.
Hoy, quisiera ser el viento
O um pajarito de los matorrales, selvaje e incontible.
Quisiera mirarte de reojo
Y partir disparado por las ramas,
Escamoteándome y, agazapado,
Robarte la imagen que vive dentro de tu risa.
De soslayos, aquí y allí,
Mis rastros dibujados entre las hojas se te revelarían
— ¿me buscarías?
Yo tendría tu sien capturada
Y la sangre a mover mis alas
Y a bermejear mis luceros
— así como el lucero del alba —
Y a latir en mi pecho.
Al final, en cambio de tu nombre,
Huiría mi corazoncito de ave,
Llevándome junto.
Posaríamos un día donde estuvieras
Y al tu lado, con un silbo suave, selvaje e incontible,
Te haríamos parecer que el viento te conocía
Como conoce el mar y la montaña
Que acaricia y viste, diciendo sus nombres.
20/09/09

Este blogue se destina ao uso artístico da linguagem e a quaisquer comentários e reflexões sobre esta que é a maior necessidade humana: a comunicação. Sejam todos bem-vindos, participantes ou apenas curiosos (a curiosidade e a necessidade são os principais geradores da evolução). A casa está aberta.
domingo, 20 de setembro de 2009
OS TEUS CABELOS DE ANÊMONA
Que guardam os teus cabelos de anêmona?
Quem os trança?
Que maré comanda o mar que os ondula?
Qual a exata medida de sal e de tristeza
Que neles dorme?
Qual a medida de dança
E qual a de loucura?
Quem lhes deu as cores
Que se enegrecem ou cintilam
Conforme o teu sorriso?
Por quem sorriem teus cabelos de anêmona?
Por quem?
18/09/09
Quem os trança?
Que maré comanda o mar que os ondula?
Qual a exata medida de sal e de tristeza
Que neles dorme?
Qual a medida de dança
E qual a de loucura?
Quem lhes deu as cores
Que se enegrecem ou cintilam
Conforme o teu sorriso?
Por quem sorriem teus cabelos de anêmona?
Por quem?
18/09/09
terça-feira, 1 de setembro de 2009
DO SIGNO DE PEIXES
Eu me vesti de peixe
Com a guelra aberta
O olhar fanático
A escama tersa
E opercular
Eu fui subir o rio
Eu fui brincar de cio
Eu fui fruir a vida
E povoar o mar
Eu me vesti de peixe
Eu me embarquei em mim
Eu decidi destinos
Me espraiei em abismos
E me deitei menino
No leito cristalino
Do morno fundo do mar
01/09/2009
Com a guelra aberta
O olhar fanático
A escama tersa
E opercular
Eu fui subir o rio
Eu fui brincar de cio
Eu fui fruir a vida
E povoar o mar
Eu me vesti de peixe
Eu me embarquei em mim
Eu decidi destinos
Me espraiei em abismos
E me deitei menino
No leito cristalino
Do morno fundo do mar
01/09/2009
GELOSIA
Deixei a luz entrarE ela entrou mesmo assim.Quem a tirou de fora,De cima das folhas, das asas dos passarinhos,Do olhar das criancinhas?Quem te deixou entrar, senão eu, a quem nunca obedeceste?Vieram junto infinitas particulazinhas flutuantes e prismáticas,Que ora reluziam ora esvaneciam,E imitavam fáceis o sim e o não de todas as oportunidades da vida.A luz entrara, isso era fato.Com ela, o ar se iluminara de sins e nãos que lindamente se alternavam,Compondo uma magnífica poeiraQue eu temerosamente inspirava,Mas que, no fundo, eu sabia, não fazia a mínima diferença.Porém, onde se firmara que fazer diferença importa?
01/09/09
01/09/09
SONETO DO DESTERRO
Por onde é que estivemos?, eu pergunto.
Olho o que nos era mais precioso
E não está mais lá nem lá eu pouso
Nem olhos nem mãos: nem eu, conjunto.
A quem pertencemos, se não juntos?
Que é da terra? De quem é o corpo esposo?
Pelo que sangramos a dor e o gozo,
Com, por pouco estarmos, amarmos muito?
Aqui não nos há nem lar nem rumo:
Quem nos era irmão, hoje longe e estranho.
Largada, a pátria ao coração cansado.
Estreito, o corpo ao coração tamanho.
O estrangeiro se instalou ao lado
Do que antes fomos, donde hoje sumo.
01/09/09
Olho o que nos era mais precioso
E não está mais lá nem lá eu pouso
Nem olhos nem mãos: nem eu, conjunto.
A quem pertencemos, se não juntos?
Que é da terra? De quem é o corpo esposo?
Pelo que sangramos a dor e o gozo,
Com, por pouco estarmos, amarmos muito?
Aqui não nos há nem lar nem rumo:
Quem nos era irmão, hoje longe e estranho.
Largada, a pátria ao coração cansado.
Estreito, o corpo ao coração tamanho.
O estrangeiro se instalou ao lado
Do que antes fomos, donde hoje sumo.
01/09/09
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