Deixei a luz entrarE ela entrou mesmo assim.Quem a tirou de fora,De cima das folhas, das asas dos passarinhos,Do olhar das criancinhas?Quem te deixou entrar, senão eu, a quem nunca obedeceste?Vieram junto infinitas particulazinhas flutuantes e prismáticas,Que ora reluziam ora esvaneciam,E imitavam fáceis o sim e o não de todas as oportunidades da vida.A luz entrara, isso era fato.Com ela, o ar se iluminara de sins e nãos que lindamente se alternavam,Compondo uma magnífica poeiraQue eu temerosamente inspirava,Mas que, no fundo, eu sabia, não fazia a mínima diferença.Porém, onde se firmara que fazer diferença importa?
01/09/09
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