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quinta-feira, 28 de maio de 2015

PENÉLOPE


Eu, ela e, no meio do caminho
(e o próprio caminho), a noite.
Quando se é para dentro, é atalho.
Para fora, odisseia.
O barco do sono, sem pano, sem leme,
e o mar negro de asfalto e pedra
esquece as correntes na água do chão
e encrespa ondas de cortarem os pés.
Navegar não é para quem tem coragem.
Navegar é para quem não tem mais nada.

28\05\15
 

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