Ensinar é a única eternidade que conheço. Além de, talvez, ser pai (especulo). Contudo, boto mais fé na minha gramática que em meus genes. O deeneá do professor é uma coisa que codifica o espírito. A carne que trema, que se estrebuche e goze, mas é em outras almas que eu gozo a engravidá-las. Nelas, vivo como vivem na minha todos os que me ensinaram e os que a estes o fizeram, numa cadeia que reboca o grande início, quando éramos todos menos que promessas, grãos no húmus da mesma gnose, sinapses do mesmo sonho, letras da mesma palavra.
Ensinar é presentar, passadear e futurar. É deixar-se no tempo, sabendo que o tempo apaga a existência, mas esperando que a palavra, como o homem, subsista ao tempo.
22\05\15
Ensinar é presentar, passadear e futurar. É deixar-se no tempo, sabendo que o tempo apaga a existência, mas esperando que a palavra, como o homem, subsista ao tempo.
22\05\15
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