Número de sílabas (desde 11/2008)

counter

domingo, 29 de março de 2015

PERNOITE


Os olhos da noite são amarelos.
Bile celeste, mijo de gato,
Bico aberto de bacurau.
Reza na esquina a hora torta:

“Dobrai, que aqui te dobro.”
E dobramos.

Fingem almas fugindo os cães,
E fugimos, por desatentos de nós,
Escorridos na gota amarga e cadente
Que sobe às telhas e gane baixinho
A rima exata da solidão:
“Lua…”

29\03\15

Nenhum comentário: