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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

DAS PALAVRAS E DOS HOMENS


Lembra como era
quando você não fazia parte de si mesmo
e tinha de pertencer ao mundo?
Não havia ainda as conexões
e suas mãos tocavam as palavras.
As palavras e o mundo por trás delas eram táteis,
e você era lido por si, e não por elas.

Hoje, a palavra é o homem,
e o homem some do écran da vida
como se essa morte-vida repetida
fosse o tempo formatando um espírito sempre ressurgente.

O que fazer num mundo sem indelebilidades?

Você cintila “vc” num monitor preto
e existe enquanto brilhar nessa tela-janela.
Lembra quando éramos estrelas
E brilhávamos mesmo depois de, há muito, extintos?

04\11\14

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