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domingo, 22 de setembro de 2013

CAFÉ DA MANHÃ


Onde quer que eu não exista
deve haver algo, uma luz, uma sombra,
uma dança de moscas diferente na rotina,
um não-estar cheio de beleza,
uma água clara, uma moça morena
que nunca souberam do quanto eu os amo
dolorosamente.

Se eu me perdesse, se eu desexistisse,
será que haveria um meio, uma chance
de sentarmos todos ao redor da mesa,
leves, limpos, novos,
e conversarmos entre risos, sempre, sempre,
sobre o quanto fomos tão distantemente
infelizes?

22/09/13

2 comentários:

Eliézer Araújo disse...

como sempre universal (ou acertando em cheio no que diz meu pensamento)

Fernando de Souza disse...

Parece mais coletivo que pensei que fosse...