Luminosidade
é uma palavra grande.
Não
cabe ela na chama da vela?
Ou
só nas estrelas de janela
dos
poetas ela embande?
Contudo,
o céu monossilábico
ditonga
abertamente o espaço,
onde
cabem a lua e o sol melgaço,
e
as estrelas, com seu mântico.
Já
o poeta não é grande nem pequeno,
mas
seu verso, de tão heleno,
tremeluz
assim no leito da flama
como
espraia plêiades no céu moreno.
Irradiando
o ardor alheio
na
noite da pele da dama,
brota
na terra do seio
o
fogo da calorama
e
faz nascer no chão do seu terreno,
onde,
outrora, só reinava o sereno,
a
luz, que, indecente, derrama
centelhas
pelo olhar de diorama.
Um comentário:
egoísta que sou, venho aqui só para me deleitar com esta poesia de sobrenome qualidade e vou-me, às vezes em silêncio, no estado absorto da contemplação sentimental.
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