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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

DA MORTE E OUTRAS VORAGENS

Paul Groom - Vortex

Nada nunca é imóvel.
Nem os mortos, nem as pedras,
nem o sangue dos cínicos.
Apenas, as coisas da vida se espreguiçam
de seus atritos,
e há uma, às vezes, leve, às vezes,
drástica
queda
na voragem
e no vórtex da morte.
Quando disso, tornamo-nos (e as outras coisas atômicas)
mais propensos à dinâmica da dor e da saudade,
além de outras sentimentalidades.
É aí que se abre (diferente da fome e do medo,
filhos do arrastar dos intestinos)
um espaço dentro do tempo
em que nos aceleramos
em direção a um outro nós
que nos espera de espada à mão
sem nos conhecer.

08/02/12

Um comentário:

alma disse...

Fernando,

quanto tempo não vinha por aqui.

sempre um outro e o outro e o nada que existe.

bj