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domingo, 6 de março de 2011

DIÁLOGO (COM INÊS) SOBRE A POESIA


Disse Inês:
“(…) perambular pela diversidade musical que de convergente e uniformizador tem apenas o pretérito perfeito e meu velho coração, cansado de guerra!
(…) repito uma postagem anterior:
‘— Possível, mas não interessante — respondeu Lönnrot . O senhor replicará que a realidade não tem a menor obrigação de ser interessante. Eu lhe replicarei que a realidade pode… prescindir dessa obrigação, mas não as hipóteses.’ (Borges, é claro)”

Concordo e vou além: a realidade é fruto das escolhas, que são filhas das hipóteses, que, por sua vez, são amantes da imaginação, que é onde vive a poesia.
A lógica, que é tão pragmática, não tem como não se curvar à ausência de sua própria forma, quando ela é apenas uma promessa distante e cheia só de esperança e imaginação, como o aço das cordas de um violão vive dentro de uma rocha ou uma jangada dorme dentro de uma semente.
A poesia é o que nos faz sermos. Pena que muitos não são... Apenas existem.

06/03/11

Um comentário:

Dayse Ribeiro disse...

Muitos são só a lógica!
A poesia de suas vidas não tem coragem de escrever!