Por onde é que estivemos?, eu pergunto.
Olho o que nos era mais precioso
E não está mais lá nem lá eu pouso
Nem olhos nem mãos: nem eu, conjunto.
A quem pertencemos, se não juntos?
Que é da terra? De quem é o corpo esposo?
Pelo que sangramos a dor e o gozo,
Com, por pouco estarmos, amarmos muito?
Aqui não nos há nem lar nem rumo:
Quem nos era irmão, hoje longe e estranho.
Largada, a pátria ao coração cansado.
Estreito, o corpo ao coração tamanho.
O estrangeiro se instalou ao lado
Do que antes fomos, donde hoje sumo.
01/09/09
Nenhum comentário:
Postar um comentário