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sexta-feira, 12 de junho de 2009

POEMA DE FIM DE TARDE

Incrivelmente a rosa
Na corola despetalada
Fechada e esquecida na mão
Queimada

Um mural sem sombra
Sem afrescos, atravessado
No meio do caminho

Calado

Vista de cima, a cena:
A canção suspensa, a metade
Escrita, a outra
É a tarde

Que vai embora num bater de asas
Ladra de refrão e tema
E melodia e rima e rosa
Não rosa, açucena

O meu poema é mundano, meu amor, o meu poema é pé-no-chão
Não voa; sabe mais andar
Se ele corre, foge
E ele corre? Não. Ele anda, ele anda…

09/02/2004

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