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domingo, 15 de fevereiro de 2009

PÍER

A minha raça, a minha cor, o meu credo,
Quem cantará?
Quem participará aos seus irmãos que, no meio das pessoas, havia um homem
De coração forte, pele castanha,
De mãos pequenas e pés doentes?
Saem as nuvens detrás dos edifícios e o sol detrás delas.
As pedras dormem cobertas pelo mar sonâmbulo.
Torvelinhos se formam.
A tarde se deita em si.
Quem dirá do que foi? Do que era?
Quem levantará os olhos como eu e verá
O carinho do vento sobre o couro da Terra, e os cabelos das árvores, e a alma do mar?
Quem dirá que meu espírito apascentou?
Quem dirá a condescendente palavra?

14/02/09

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