A lua é cheia e parece rasgar a seda negra da noite.A janela aberta me ensina a olhar o céu.Aqui, tudo quieto e o som da água entrando na caixa cobre a alma que dormita por trás do fundo dos olhos.Resta uma nuvem que migra esfiapada — acho que morta ou encantada.E longe, curva-se a estrela-mãe sobre um teto de flores brancas que ressonam seu perfume.A lua se repete multipetalada nas flores.Vela-lhe o sono a mesma estrela, manjedouristicamente, e reza a nuvem calada as chuvas de seu ventre.A noite é mansa.A vida é jovem.
19/07/08
Nenhum comentário:
Postar um comentário