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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ENLUARADA

Toda noite
Enluarada
Tem escondida por trás do branco-prata
A tristeza moura de um minarete abandonado,
De uma reza engasgada,
De um partido coração.

A pérola almiscarada
Nascente
Só esconde atrás de si
O que, no peito desamado, reverbera:
Ventos brancos e estéreis,
Mas quentes
E secos, mortalmente secos,
Que servem de rio e carruagem
Para a noite vermelha e maltratada da saudade.

22/03/08

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